FOI ASSIM...
A vida é injusta,
as vezes madrasta.
Ninguém me contou,
eu vi quando ela chorou.
O filho, criado com tanto amor,
estendido agora no chão.
O sangue manchando a estrada,
a mórbida curiosidade atraindo os urubus.
O peito quase explodindo,
a dor dilacerando a alma.
O que dizer a uma mãe nessa hora!
Ninguém ousou pedir calma.
Na madrugada quente,
a frieza de um ser [des] humano.
Uma discussão, uma arma na mão,
... Uma bala no peito.
E o rio vermelho leva a esperança,
a família, o amor, o futuro,
os filhos que nem foram gerados,
os planos, os projetos,... A vida.
... A vida de quem parte,
... A vida dos que ficam.
A vida é injusta,
as vezes madrasta.
Ninguém me contou,
eu ouvi quando ela falou:
"Mataram meu filho,
como quem mata um frango..."
Foi assim, infelizmente,
que eu vi,... que eu ouvi...
Drica de Assis.
28/06/2009
É preciso!
Há 9 anos
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